sábado, 7 de setembro de 2013

Paris (Louvre, D'Orsay e Versailles)

Palais de Versailles
Chegamos enfim ao penúltimo post da nossa viagem pela França. Já começo a sentir saudades do prazer em descrever as experiências que tivemos nestas três semanas de aventuras.

Dando continuidade ao nosso roteiro em Paris, hoje irei contar a vocês sobre três lugares maravilhosos que guardam uma história ímpar não só da França, mas de toda a humanidade. Vamos falar do Musée du Louvre, Musée d'Orsay e do Palais de Versailles.



Palais de Versailles

A forma mais prática de chegar à Versailles é sem dúvida por via ferroviária: pegue a linha C da rede RER. Lembre-se que o preço da tarifa é diferente das linhas de metrô. Seu ponto de parada é a estação Versailles-Rive Gauche. Observe o mapa da rede RER, mas uma boa sugestão de saída para quem está na região central são as estações Musée d'Orsay ou Invalides.

Após uma rápida caminhada você chegará à espetacular entrada do Palácio, este com certeza traduz todo o significado que a palavra quer dizer.

Aconselho que você compre as entradas antecipadamente ou faça como nós, adquira o Paris Museum Pass. Demoramos cerca de 30 min. para entrar nas dependências de Versailles, mesmo com o passe na mão. Quem não o tem, vai pegar uma outra fila só para comprar o blilhete de entrada e, só depois irá para a fila em que ficamos. As filas são imensas!

Originalmente construído como alojamento de caça de Louis XIII, Versailles foi o último palácio real da França, obra do egocentrismo de Louis XIV, ou "Rei-Sol" como ele se auto-proclamava. Sua decisão de transferir a corte e os ministros de Paris foi em 1661 e a construção durou até 1715, mas a corte foi transferida desde 1682.

Comece sua visita pela Chapelle Royal. Ela é fechada para visitas ao seu interior, mas dá para ver sua beleza e imaginar as cerimônias da época da realeza.



Em seguida, prossiga pelo conjunto de salas que formam os Grands Appartments.

O primeiro grande destaque é o Appartment du Roi, ou apartamento do Rei. Na realidade é formado por mais de um aposento, onde cada quarto é dedicado a uma divindade do Olimpo.



A sala mais marcante para mim é também o maior destaque de Versailles: é a Galerie des Glaces, ou sala dos espelhos. São mais de 350 espelhos que refletem todo o esplendor do local, utilizado em festas reais e para receber governantes estrangeiros. Dizem que os visitantes tinham que entrar olhando para o Rei-Sol e sair andando para trás para não lhe dar as costas.

Dica: escolha bem o dia e hora para visitar o palácio, pois os finais de semana e as terças-feiras são muito cheios e o horário de maior número de visitantes é de 10 às 15h. Nós escolhemos uma quinta.



Foi aqui onde foi assinado o Tratado de Versailles que pôs um fim à Primeira Guerra Mundial.

O melhor horário para a visita é à tarde quando o sol incide nos espelhos.

O que me chamou a atenção foi a nitidez dos espelhos, bem diferente do que encontrei na minha primeira visita há 15 anos. Na época, perguntei para a guia sobre a opacidade dos espelhos e ela me respondeu que na época não tinham tecnologia para fabricar espelhos com perfeição. Fiquei então com uma dúvida: será que trocaram os espelhos originais por novos?

Logo após a sala dos espelhos, o Appartment de la Reine complementa a exuberância do Palácio.



Do lado externo do Palácio, estão os famosos parquefontes e jardins de Versailles. Não deixe de da uma olhadinha pelas janelas dos aposentos.

A principal obra do parque é sem dúvida o Grand Canal ao redor do qual existem chafarizes, estátuas, bosques, longos e numerosos caminhos.




Como parte do complexo do parque, o Grand Trianon foi construído para que o rei pudesse fugir da pompa do castelo e manter por perto sua amante, a Madame de Montespan.


O prédio foi também moradia de Napoleão I após seu segundo casamento em 1810, e de Charles de Gaulle durante seu mandato.

Petit Trianon, os jardins e o Hameau de la Reine (casas rústicas que formavam o povoado da rainha) são parte do Domaine de Marie-Antoinette



Diz a lenda que o Hameau foi construído para que a rainha "brincasse" de pastora, o que é negado pelos folhetos oficiais de Versailles.


Se pretende incluí-los no seu passeio, recomendo pegar o trenzinho. A caminhada é de cerca de 30 min., mas a volta é bastante monótona, sem falar que depois dessa maratona fica cansativo.

Mais detalhes no sítio Chateau de Versailles.


Musée du Louvre

Para quem chega de metrô, utilize a estação Palais Royal/Musée du Louvre (linhas 1 e 7). A estação te deixa na entrada do museu por baixo da pirâmide. Mais uma vez, vale a pena comprar o Paris Pass Museum com antecedência (compramos no Centre de tourisme da Avenue des Pyramids, 25, e estava bem tranquilo), pois encontrará uma fila enorme se for comprar sua entrada na hora de entrar.

Exceto às terças-feiras, o museu abre diariamente das 09h00 às 18h00, e também à noite nas quartas e sextas-feiras até às 21h45.

O Louvre é o que eu chamo de "viagem dentro da viagem". São inúmeras salas dos mais diversos temas e culturas. Por este motivo, minha primeira recomendação é escolha o que irá ver, caso contrário se cansará com tantas opções e não aproveitará da melhor forma.

Considero nossa viagem um caso à parte, pois conseguimos ver praticamente todo o museu em duas visitas, mas entendo que a maioria das pessoas não tem a mesma disposição e o prazer que este que lhes escreve. Mas atenção, isto só foi possível porque prometemos um ao outro não fotografar cada uma das obras que gostamos, senão talvez precisássemos de uma semana inteira. Então lá vai outra dica: não subestime o tamanho do museu e escolha bem o que irá fotografar.

Outra dica importante é dar um intervalo para um lanche fora do museu. Assim você recarrega as energias para outra maratona, não paga nada a mais por isso, pois seu ingresso é válido por todo o dia, e ainda se livra das filas das lanchonetes internas do museu. 

Se você comprou o Paris Museum Passvocê também pode fazer como nós e curtir o museu em vários dias sem custo extra, inclusive no horário noturno quando a maioria das atrações da cidade já estão fechadas.

Construído originalmente em 1190 pelo Rei Philippe Auguste como uma fortaleza medieval para proteger Paris das invasões Vikings, foi transformado no séc. XIV em castelo por Charles V, numa época quando Paris havia se desenvolvido além das fronteiras do muro da fortaleza e seu objetivo de proteção perdeu o sentido. Em 1527 François I (o da salamandra!) transformou o abandonado castelo medieval num castelo renascentista. Vários reis fizeram reformas no Louvre até Louis XIV levar a corte para Versailles.

Foi durante a Revolução de 1789 que ele foi transformado em museu. Anos depois, Napoleão enriqueceu seu acervo com as inúmeras pilhagens que fez nas terras que invadiu e conquistou. Apesar de reivindicado pelos povos conquistados, boa parte desse patrimônio não foi devolvido aos seus donos originais, mesmo após a sua derrota em 1815.

Tamanha é a beleza do prédio que quando estiver caminhando por suas salas lembre-se que algumas delas valem a visita por si só, mesmo se estivessem vazias.

Sabendo que nossa missão aqui é principalmente ajudá-los, vamos destacar o que mais gostamos do maior museu do mundo. São 6 ha. de patrimônio que exibem preciosidades de todos os povos e culturas.

Mezanino

Os destaques do andar mais inferior do museu são os resquícios do Louvre Medieval, como o calabouço, forte e maquetes que mostram a evolução do Louvre com o passar dos séculos.

Térreo

Na impressionante ala da Mesopotâmia, não perca o Código de Hamirabi da Babilônia, um dos primeiros documentos da Humanidade que faz referência às leis.

Ainda na temática do oriente médio, não perca as salas dedicadas ao Egito e suas famosas múmias 




e a estátua sentada de Ramsés II.



Ainda no andar térreo, na ala dedicada às Antiguidades Gregas, meu destaque é a Vênus de Milo do séc II a.C. A dificuldade aqui é conseguir um espaço por menor que seja para tirar uma boa foto, mas não dá para perder uma personalidade tão famosa.



Este área do museu é sem dúvida um parque de diversões para os amantes de esculturas. Saiba que a Vênus de Milo é "apenas" uma dentre centenas de obras, cada uma mais impressionante e bela que a outra.



Vejam a prova que não é de hoje que o Leão entende de futebol. Uma singela homenagem ao meu Glorioso Sport Club do Recife:


1o. andar
Comece pelas pinturas italianas dos séculos XIII-XV, mais especificamente pela enigmática Mona Lisa, também conhecida como La Gioconda, obra prima de Michelangelo. Se você ainda não a conhecia, vai se surpreender com o seu pequeno tamanho. A obra foi comprada por François I quando seu autor veio trabalhar para ele.


Na mesma sala, contemple o quadro das Bodas de Caná de autoria de Veronese retratando quando Jesus fez o milagre da transformação da água em vinho.



Contorne a sala por trás da Mona Lisa e veja magníficas obras-primas francesascomo a Sacre de l'Empereur Napoléon I, ou melhor dizendo a sua "auto-coroação". O tamanho do quadro também impressiona.


Mais adiante, já na ala de Cerâmicas Gregas, você encontrará a Vitória da Samotrácia. A escultura representa a deusa Atena comemorando uma vitória no mar.



Na oportunidade da nossa visita, a Ala Sully não permitia passagem para o outro lado do museu onde fica a Ala Richelieu, mas não desista que vale a pena visitar os apartamentos de Napoleão III. Essa é minha área preferida do museu e a que mais ficou gravada na minha memória desde minha primeira visita. Obviamente fiz questão de voltar.






2o. andar

Este andar é dedicado às pinturas Francesas, Flamengas, Holandesas, Alemães entre outras. Se é isto que procura, esta será sua ala preferida.


Uma coisa que me chamou a atenção foi o erotismo das pinturas. Agora entendo o porquê dos seios à mostra nos cabarés franceses. Isso também faz parte da cultura.


Mais informações sobre o Louvre, visite o seu sítio.
O sítio possui uma versão em inglês.


Musée d'Orsay

Do outro lado do rio em relação ao Louvre, o Musée d'Orsay foi construído para ser uma estação de trem na Exposição Universal de 1900. 

Utilizado como prisão durante a Segunda Guerra Mundial, se tornou museu apenas em 1986.



Seu acervo tem obras de 1848 a 1914, período de muita importância para a arte ocidental quando surgiram Monet, Degas, Van Gogh, Renoir, Cézanne, Rodin, Ingres, Delacroix, Gaugim, Toulouse-Lautrec entre tantos outros.

Para os amantes da arte, o museu é uma opção melhor que o Louvre por seu menor tamanho. São impressionantes a concentração de obras e a riqueza do seu patrimônio.

Infelizmente é proibido tirar fotos do seu interior e eles são extremamente atentos às escapadinhas de alguns turistas.



O museu abre de terça a domingo das 09h30-18h00 e nas noites das quintas-feiras o horário é estendido até às 21h45.

Maiores detalhes visite o sítio do Museu
.


Próximo post faremos nossa despedida da França num post especial onde descreveremos os últimos lugares visitados e expressaremos nosso sentimento por tudo que vivemos por lá. 

Quer saber mais sobre nossa viagem ao país mais visitado do mundo, veja o resumo da viagem.

Gostaríamos de saber qual lugar você quer que contemos para você, Costa leste do Canadá ou Foz do Iguaçu com Curitiba? Opine que atenderemos seu pedido.

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